O presente artigo abordará o tema “História Africana: Um olhar para a Realidade”, tendo como objetivo principal a análise e conhecimento da real história africana. Existe uma verdadeira História da África, que não é contada. Contradizer o passado científico e tecnológico dos africanos e o exagero das características “mirabolantes” desse povo foi uma façanha do eurocentrismo, pois até os dias de atuais, a autoestima da população africana é frágil, frente as partilhas do continente e do processo de descolonização. A maioria dos indivíduos desconhecem que a África é um continente antiguíssimo, com localização privilegiada geograficamente, e principalmente, que seu povo possui história. Vultuosos reinos africanos ali imperavam cm um senso de gerenciamento e organização extraordinária, amparavam-se em ordem de clãs, de linhagem, por classificação de idade e ainda por unidades políticas, sob vários aspectos, Essa História requer ser reescrita, demanda de um novo olhar, uma vez que foi por décadas mascarada, ignorada, distorcida, alterada, tendo por finalidade o benefício de interesses dominantes. Cabe salientar que a África pode ser considerada como terra mãe, uma vez que a maioria das coisas surgiram por lá. Esta terra mãe vem padecendo ao longo dos séculos com gerações de missionários, traficantes de escravizados, exploradores, viajantes, pesquisadores, governos estrangeiros, entre outros, que infelizmente só propagaram pelo mundo a fora imagens de uma África pobre, além de incivilidades e desordem. De acordo Cheikh Anta Diop, ao se oprimir um povo três coisas se retira dele: sua história, seu idioma e seu fator psicológico. Tem-se como agente psicológico, valores, interesse e princípios.