Este artigo trata das peculiaridades do Ensino de Geografia a partir do cotidiano de educandos e educandas de educandos (as) do Ensino Fundamental nas públicas escolas das periferias carentes. Ele é oriundo de uma pesquisa de mestrado acerca dos problemas ambientais realizada em uma comunidade carente da cidade de Uberaba (MG). Realiza uma leitura da aprendizagem nas diversas fases do Ensino Fundamental I e II. Indaga sobre a percepção do conhecimento dos educandos em relação à complexidade e diversidade dos conhecimentos existentes no grande ambiente global. Indaga ainda sobre os saltos necessários das fases da aprendizagem do Ensino Fundamental I para o Fundamental II. Para tanto, este estudo utiliza da metodologia de revisão bibliográfica de cunho exploratória, assim como das experiências dos autores com as práticas pedagógicas em sala de aula. Aponta para os problemas ambientais urbanos como âncoras e instrumentos que podem auxiliar no processo de ensino-aprendizagem em Geografia. Como resultado, podemos afirmar que a Geografia e seu ensino podem auxiliar na minimização destes problemas ambientais, estabelecendo um diálogo junto à comunidade na qual está inserida a escola. Neste sentido, podem ser desenvolvidos trabalhos de campo nas próprias comunidades vizinhas da escola, sem custo com transportes. É uma prática inovadora que pode resgatar a função social da escola e formar educandos com uma visão crítica acerca dos problemas de suas comunidades, com uma postura de cidadania para a vida em coletividade.