Desde o início da gestação, o feto é exposto à música, sentindo o ritmo transmitido pelas batidas do coração materno e captando os diversos sons do ambiente, sejam naturais, produzidos por seres vivos ou objetos. Presente em diversas esferas da vida humana, a música está presente em locais cotidianos como restaurantes e lojas, além de servir como estímulo durante atividades cognitivas e físicas como dirigir, praticar esportes, ler ou até mesmo no ambiente de trabalho. Dessa forma, surge a reflexão sobre como a música influencia o desempenho nessas atividades. Especificamente, tem-se observado que a música afeta a atenção, uma habilidade fundamental para direcionar recursos de processamento para informações sensoriais relevantes. Contudo, os mecanismos exatos pelos quais a música influencia a atenção, incluindo a capacidade de reagir rapidamente a estímulos em meio a distrações, ainda não são totalmente compreendidos, e seus correlatos neurais permanecem em grande parte desconhecidos. A maioria das crianças aprecia acompanhar a música, seja cantando, balbuciando ou seguindo o ritmo com movimentos corporais, palmas, sapateados e danças. É por meio dessa interação entre gestos e sons que a criança começa a desenvolver seu entendimento e apreciação pela música.