A prevalência do cigarro é responsável por elevados índices de morbimortalidade mundial, sendo a principal causa de morte evitável, segundo a OMS. Diante desta realidade, o presente estudo teve como objetivo analisar o impacto do consumo de cigarro durante a pandemia da COVID-19 com universitários da UPE- Campus Petrolina. Foi realizado um questionário estruturado on-line, participaram da pesquisa 13 pessoas do sexo feminino (65%) e 7 do sexo masculino (35%), totalizando 20 participantes (todos afirmaram que eram fumantes). A média da idade dos estudantes participantes foi de 23 anos. A maior recorrência foi ao tratamento psicológico ou psiquiátrico com 40% das pessoas afirmando que tem/teve em tratamento. Também foi possível observar que dos 20 estudantes, 55% responderam que tem/teve alergia respiratória, e apenas 37,5% ainda estão em tratamento. 10 estudantes responderam que tem/teve dor no estômago, úlcera ou gastrite, e apenas 2 continuaram o tratamento. Houve maior prevalência das crises de depressão e/ou ansiedade, onde 15 pessoas tem/teve a doença, e 10 estão em tratamento. Foram avaliados os fatores de risco relacionados à saúde e 25% das pessoas responderam que convivem com fumantes em casa. Os entrevistados responderam que iniciaram o hábito de fumar aos 19 anos, 70% consideram que o cigarro está associado a ansiedade em seu consumo diário e 30% ao uso juntamente com bebidas alcoólicas. Quanto a razão pela qual utiliza o cigarro, 70% das pessoas responderam que o cigarro acalma, 55% marcaram que acham charmoso fumar, e 50% das pessoas marcaram que fumar é um grande prazer e saboroso. Com relação a ter iniciado o consumo de cigarro na pandemia, 65% das pessoas já faziam uso e 55% responderam que não aumentaram o hábito de fumar após a pandemia do COVID-19. Diante da literatura apresentada, foi demonstrado que o aumento do índice de consumo do cigarro durante a pandemia da COVID-19 causa vários impactos negativos a saúde, como a piora do sono, da saúde mental, do baixo rendimento individual e do desenvolvimento de ansiedade. Ademais, foi comprovado que o consumo do cigarro facilita a transmissão da COVID-19, por meio do seu manuseio até a boca, além do agravamento do quadro da doença.