A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível, conhecida a centenas de anos e que possui diagnóstico e tratamento bem conhecidos e de fácil acesso pelo SUS. No entanto é considerada epidemia desde 2016. Entre as suas manifestações clínicas estão manchas pelo corpo, neuro sífilis e outros problemas sistémicos. Em mulheres grávidas pode levar ao abortamento ou diversas sequelas graves no bebe. As populações apresentam mais ou menos vulnerabilidades para esta doença, entre elas a população rural, por diversos motivos, principalmente a distância dos grandes centros, ter menor acesso aos serviços públicos, incluindo os de saúde. Em vista disto, esta pesquisa teve o objetivo de realizar um estudo sociodemográfico e clínico-epidemiológico dos casos de Sífilis adquirida e gestacional na cidade de Petrolina-PE, entre janeiro de 2017 até dezembro de 2019. A coleta de dados ocorreu por análise documental, nas fichas de notificação arquivadas nos serviços de vigilância epidemiológica na Secretária de Saúde. O estudo ocorreu obedecendo os protocolos e respeitando o direito de sigilo dos pacientes. Os resultados revelaram 1.089 casos de sífilis não congênita, onde a maior parte da população notificada para sífilis é do sexo feminino, jovem, com baixa escolaridade, afrodescendente. E a maioria dos casos de sífilis gestacional (553) é detectada tardiamente no terceiro trimestre e adquirida (533 casos). Também foram encontrados muitos dados não informados sobre questões sociais. Ainda assim os dados coletados, contribuíram para traçar um perfil epidemiológico da população notificada para este agravo na cidade e norteou o desenvolvimento de um Sistema de Gerenciamento para Casos Sífilis.

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