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PERFIL NEUROQUÍMICO DO CIRCUITO CÉREBRO-CEREBELO-TÁLAMO CORTICAL NA DOENÇA DE ALZHEIMER

Marina Rocha Martins, Anna Luísa Pereira, Mac Gayver Silva Castro

Resumo

Nos estágios tardios da Doença de Alzheimer (DA) ocorre uma importante perda neuronal no prosencéfalo basal, região que compreende hipocampo, amígdala e neocórtex cerebral. Essas estruturas estão relacionadas ao desempenho de atenção e memória, bem como na responsividade emocional. A morte neuronal nesta região culmina em uma notável hipofunção colinérgica – por detrimento da produção de acetilcolina (ACh) – resultando em prejuízos cognitivo-comportamentais, assim como na incidência de alterações neuropsicológicas dentre as quais se destacam irregularidades do ritmo circadiano, discinesia, agitação e confusão. Em paralelo à hipofunção colinérgica, relata-se na literatura o aumento na concentração de glutamato nas sinapses neuronais e a hipersensibilidade dos seus receptores pós-sinápticos nos quadros de DA, o que acarreta morte neuronal por influxo de cálcio decorrente das alterações hiperexcitatórias. A DA está associada, em 90% dos casos, à perda de neurônios colinérgicos no encéfalo, até onde se sabe; mas os sistemas acetilcolinérgicos existem também no cerebelo. 75% dos neurônios do SNC utiliza o glutamato como principal neurotransmissor excitatório; ademais, as fibras interneuronais do tecido cerebelar, bem como as vias de aferência de eferência de impulsos, são moduladas majoritariamente por ação glutamatérgica. O perfil neuroquímico pode ser alterado também nas regiões cerebelares, além da cerebral; desbalanço refratado pelo circuito cérebro-cerebelo-tálamo cortical. Análises neuroquímicas dos pacientes e a sua correlação com a sintomatologia clínica podem elucidar questões ainda escusas sobre a fisiopatologia da DA.

Palavras-Chave: 

Doença de Alzheimer; Perfil; Neuroquímico; Neurotransmissores.

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