A ludicidade, enquanto elemento presente na infância, possui um papel significativo no processo de ensino-aprendizagem. Ao incorporar atividades lúdicas no contexto escolar, o professor estimula o interesse, a criatividade e o envolvimento dos alunos, promovendo um aprendizado mais dinâmico, prazeroso e eficaz. No Ensino Fundamental, onde se consolidam importantes bases cognitivas, emocionais e sociais, o uso do lúdico como recurso didático torna-se uma estratégia pedagógica relevante. Brincadeiras, jogos, músicas, dramatizações e atividades interativas ampliam as possibilidades de ensino, respeitando os diferentes estilos de aprendizagem e favorecendo a construção do conhecimento de forma significativa. A ludicidade contribui também para o desenvolvimento de competências socioemocionais, como empatia, cooperação e resolução de conflitos, preparando os estudantes para a vida em sociedade. No entanto, apesar dos inúmeros benefícios, ainda há resistência por parte de alguns educadores em integrar o lúdico ao planejamento escolar. Isso pode ocorrer devido à falta de formação, à sobrecarga de conteúdos ou à crença de que brincar é perda de tempo. Nesse cenário, é fundamental repensar as práticas pedagógicas, compreendendo o brincar como uma linguagem da criança e uma poderosa ferramenta de aprendizagem. Este artigo tem como objetivo refletir sobre o uso da ludicidade como recurso didático no Ensino Fundamental, destacando seus benefícios, desafios e possibilidades. A partir de uma abordagem teórica e prática, pretende-se reafirmar o valor do lúdico como um instrumento pedagógico potente e necessário para uma educação mais significativa e humanizada.