Estudos indicam que os acidentes ocupam uma posição de destaque nas principais causas de morte entre 5 e 19 anos, com um número significativo ocorrendo no ambiente escolar. A falta de capacitação contínua em primeiros socorros entre os professores evidencia uma preparação inadequada para lidar com emergências escolares. A Lei nº 13.722, de 2018, tornou obrigatória a capacitação em primeiros socorros para professores e profissionais da educação básica, com base em diretrizes internacionais que recomendam o treinamento em RCP para estudantes do ensino fundamental e médio. Diante disso, o presente estudo tem o objetivo de propor um programa institucional para a prevenção de mortes evitáveis por parada cardiorrespiratória e asfixia nas escolas, com foco em três áreas específicas: (1) treinamento contínuo em primeiros socorros para professores, colaboradores e alunos dos anos finais do ensino fundamental, (2) criação de um fluxo de atendimento de emergências na unidade escolar e (3) implementação e ampliação das obrigações estabelecidas pela Lei Lucas. Utilizando uma revisão bibliográfica com 47 artigos, dos quais 10 foram selecionados após critérios de inclusão e exclusão, e aplicando o método Design Sprint, os resultados demonstraram a viabilidade da inclusão do curso de primeiros socorros no currículo escolar. Contudo, desafios permanecem, como a viabilidade financeira e a formação adequada dos professores, devido à escassez de recursos e à falta de políticas públicas de apoio.