A educação infantil, por si só, representa um grande desafio para a criança que ao chegar à escola se vê às voltas de um ambiente completamente diferente de seu cotidiano, onde os cuidados e as atenções não são divididas ou disputadas por mais algumas dezenas de crianças. Sabemos que a educação infantil representa uma etapa bastante importante, onde a criança se percebe como parte de um coletivo e onde se inicia as aprendizagens sociais que rege nosso cotidiano nas diferentes situações, tanto em família como em sociedade. Para a criança portadora de deficiência ou transtornos, esses desafios trazem outros contornos, pois além das dificuldades naturais da convivência coletiva, a criança ainda tem outras barreiras que dificultam seu processo de desenvolvimento, aprendizagem e socialização. Justamente por isso, o acompanhamento complementar com as diferentes terapias indicadas para a assistência à criança com deficiência ou transtorno, pode representar a diferença entre desenvolvimento efetivo de processos que realmente permitam ao aluno apropriar-se de autonomia e aprendizagens ou, simplesmente, participar de ações coletivas dentro de suas limitações e possibilidades. A inclusão tem como objetivo possibilitar que a pessoa com deficiência tenha as mesmas oportunidades e vivências que os demais, não apenas como forma de socialização ou convívio social, mas especialmente para que ela possa compreender suas capacidades, aprimorar habilidades e gradativamente superar limites que possam interferir em seu pleno desenvolvimento pessoal, emocional, físico, motor e cognitivo.